Gosto da palavra arco...
arcado entre as estrelas do meio-dia
e as estrelas da meia-noite,
apronto minha arte de dizer o que quero
Sou parte gigante da alcatéia
que translada por tua casa distante
refazendo as fogueiras dos antigos,
enchendo as taças do eu
com as palavras que flutuam
no vinho e nos sacolejos das embarcações
Gosto do rascante sabor da pitanga,
do licor da pitanga,
do perfume de suas folhas e frutos
E a neve cobre os pensamentos
da ventania, as termais correntes
vindas do oceano
e dos poemas de Baudelaire,
eu quero as flores do mal
espalhadas por toda essa cama,
por todas possibilidades
do entrar e sair,
do voar e pousar nu
( edu planchêz )
Nenhum comentário:
Postar um comentário