quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sob o Farol da Barra




Depois das três e cinquenta de sexta-feira, depois de flexionar meu pênis
assistindo uns vídeos,
esbarro com a poesia branca,
com a placa de gelo,
com a calota polar,
com os sóis perfumes
que nos chegam em caixas
pelo correio ventral,
pelos vãos teus,
pelas escotilhas dos filmes submarinos

Antes das três e cinquenta e oito...
Brigitte Bardot ainda menina,
aparece do tudo 
apenas usando um relógio
cravejado de diamantes vermelhos

O poema que cheira a scott nos alimenta,
nos espalha pelas estações do metrô de Paris,
pelas estações das gondolas de Veneza 
mais que quente, mais que ácida,
mais que os raios 
que caem de nós
sob o Farol da Barra

  ( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário