sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Nas veias das crianças
As palavras muitas vezes me cansam,
ou eu me canso delas;
para relaxar,
continuo escrevendo,
marcando telas de lumes,
telas de signos,
páginas e mais páginas...
Acredito que as caras,
são perfeitas para largarmos palavras,
beijos e afagos,
retratos de céus,
retratos meus e teus,
claríssimas centelhas
Palavras correm pela pele
dos oceanos,
pelos geométrico desenhos
das marajoaras cerâmicas,
no crânio que serve de casa
para a ostra e o caranguejo
Observo e sou observado
pele tromba d'água
que se forma entre meu corpo
e o corpo do continente
Antônio Eduardo Planchêz de Carvalho,
espalha coisas, vocábulos,
ideias desconexas
na compreensão da maioria
Continuo escrevendo por teimosia,
pois sei, que há uma conspiração do silêncio
em relação a minha pessoa,
a minha obra
( Eu os incomodo? )
Não fiquem incomodados,
minha pretensão é mínima,
apenas almejo, o Coliseu
e o coração da Esfinge,
a cadeira de José de Saramago,
e os olhares de Jorge Luiz Borges
Júlio Cortásar,
que tuas páginas se casem
com as minhas
no voo alvo do cisne,
na aridez do Saara em flor,
nas veias das crianças do Brasil
e da Nicarágua,
pelas cenas imaginadas por Godard
e Glauber Rocha
( edu planchêz )
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