sábado, 12 de outubro de 2013
Amo o Mozart devasso
Um jovem de quinze anos tocando chorinho,
não é um jovem,
é um ancião,
ouvi isso da boca de Cazuza
e trouxe pra minha
Edu Planchêz nunca se aposentará,
nem nessa nem nas próximas existências,
o novo está no Sepultura,
no metal derretido de nossas caras,
meus templos são eregidos nas lavas,
no epicentro do tornado,
forças vivas da renovação
Os chinelinhos e o pijama,
estão devidamente incinerados
em meus ventres,
o velho comodista e o cão obediente
jamais deitarão suas peles na minha
Amo o Mozart devasso,
na certa, se vivesse por esses dias,
comporia funk e metal,
moraria comigo na favela,
iria no complexo da Maré
buscar maconha comigo
E foda-se se você torce o nariz
para o esperma dessas palavras,
para urina dos que você evita
por se achar superior
O velho novo beat bate cabeça
com as minhas cabeças
no meio da fogueira,
entre a muvuca que manda
as vidraças dos bancos
e os politicos de merda
pra casa do caralho
( edu planchêz )
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